Descobertas por colonizadores que exploravam as minas de ouro de Jacobina, que a apelidaram de Monte Alegre da Bahia, e que mais tarde passaria a chamar-se Mairi, são lembrados os imigrantes e sua famílias dos séculos XVIII e XIX que permaneceram em Mairi e influenciaram o seu desenvolvimento. Os portugueses, Antônio João Belas e sua mulher Mariana, que aqui se fixaram no final do século XVIII, e com eles vindo o irmão de Mariana, José Carlos da Mota. Este, tempos depois, continuou viagem, adentrando-se pelas matas do oeste, onde dizem ter exclamado. Este casal teve muitos filhos, entre os quais, Manuel e Joaquim Alves Belas, que se tornaram líderes políticos e governaram o município muitos anos. Morreram pobres, sendo que o primeiro pós termo à vida, ingerindo tóxico, vindo a falecer em 1905, e deixaram muitos descendentes. Outro português, Jerônimo Ferreira Moreira, casou-se em Jacobina com a compatrícia Marcolina e teve prole numerosa. Um de seus filhos, Alexandre Ferreira Moreira, foi intendente municipal, e exerceu marcante liderança política, falecendo em 1919. Dois filhos de Alexandre foram prefeitos em Mairi: Hermes e Abelardo Cohim Moreira. Um filho de Aberlardo, Carlos Raimundo de Almeida Moreira, também foi prefeito.
Nicolau Farani, italiano, foi um dos maiores comerciantes, grande proprietário e líder político e social. Opositor dos Moreira. De alguns filhos deve lembrada Marianina, que casou-se com Graciliano Pedreira de Freitas, e tornou-se mãe de Lauro Farani Pedreira de Freitas, que, candidato ao governo da Bahia, faleceu em campanha política, num desastre de avião, em 1950.
I
Mairi, está no seu brasão
Toda esperança desta Terra:
É a flor-de-lis doce fanal
Que nos orienta o coração
E todo nosso amor encerra
Neste aconchego fraterna.
Estribilho
A senhora das Dores
Estende-nos a mão
É por isso que as flores
Tapizam este chão.
II
Os mairienses rejubilam
Sobre este solo fecundante,
Sob este céu encantador
Onde as estrelas mais cintilam.
E a luz do sol, exuberante.
Ao Monte dá mais esplendor.
(Bis) A Senhora das Dores...
III
No escudo de ouro está bem viva
Toda a pujança das bandeiras
Que abriram sulcos no sertão
Esta lembrança rediviva
Dá-nos ao sonho alvissareiras
Asas que voam na amplidão.
Letra: Acadêmico Clóvis Lima
Música: Cap. PM Maestro José do Espírito Santo
Criados pela Lei Municipal nº 232/83, na administração do Prefeito Deraldo Cedraz Carneiro
Parabéns Mairi!