quarta-feira, 31 de julho de 2013

Os vídeos – em média com 2 minutos de duração – eram apresentados nos intervalos dos eventos da Flip 2013, que teve Graciliano Ramos como autor homenageado. Trazem relatos pessoais de escritores como Antonio Torres, Luiz Ruffato, Marçal Aquino, Marcelino Freire, Raimundo Carrero e de críticos literários como Alcides Villaça, Benjamim Abdala, João Adolfo Hansen, Luiz Costa Lima, Silviano Santiago, entre outros. Cada um fala de suas impressões e da predileção por uma obra; eles ainda fazem leituras e comentam trechos. Boas indicações para quem deseja ler ou reler o autor alagoano.
E para quem quiser conhecer mais sobre a vida e a obra de Graciliano Ramos, acesse a página oficial do escritor: http://graciliano.com.br
Clique aqui para acessar a lista com todos os vídeos em homenagem ao autor.
 



Zélia Gattai

Graças a uma das visitas de Vinicius à nossa casa, salvou-se a série de canções para crianças, de sua autoria:
À beira da piscina, o inseparável copo de uísque ao lado, violão em punho, Vinicius cantava.
Faço um parênteses para me desculpar. Na afobação de querer contar logo a história que me veio à memória como já devem ter percebido, não tenho anotações, tiro tudo da cachola à medida que as lembranças chegam esqueci=me de pedir licença para, ainda uma vez, avançar no tempo. Peço agora, pois devo explicar como foi que as músicas infantis de Vinicius de Moraes se salvaram. Avanço tanto, tanto, que falo até de meus netos, os três que existiam na época: Mariana, Bruno e Maria João.
Nessa ocasião, o amor de Vinicius, sua mulher, era uma baiana, Gessy Gesse, a quem devemos a vinda do poeta à Bahia, onde até uma casa ele construiu, disposto a ancorar entre o mar e os coqueiros de Itapuã. Estávamos à beira da piscina e Vinicius cantava como foi dito quando chegaram meus três netos.
Eu agora vou cantar umas musiquinhas para vocês, disse Vinicius às crianças, e começou: Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada... Espera aí, interrompi, vou buscar um gravador. Assim dizendo saí ligeiro. Voltei em seguida, gravadorzinho ligado e ele recomeçou: Lá vem o pato, pato aqui, pato acolá... Cantou todas as canções, intercalando entre elas uma chamada: Esta é para Marianinha!... Esta é para Bruninho!... Esta é para Maria João!... Encantadas, as crianças ouviam as músicas pela primeira vez, pois elas ainda não haviam sido gravadas naquela ocasião. Ao saber que não restara nenhuma gravação delas após a morte de Vinicius, entreguei meu cassete à Gilda Queiroz Matoso, última e amada companheira do poeta até seus derradeiros momentos. Gravação precária, porém a única que restou e é a que se ouve até hoje.
Vinicius tornou-se íntimo de Calasans Neto e Auta Rosa, adorava o casal, alugou casa em Itapuã antes de construir a própria, queria ficar perto deles.
A rua da Amoreira, onde moravam e moram até hoje Calasans e Auta Rosa, era um horror: lama, buraqueira e, como se isso não bastasse, havia esgoto a céu aberto.
Frequentador assíduo da casa, inconformado com a situação dessa rua, Vinicius não teve dúvida, redigiu uma petição em versos ao prefeito de Salvador. No poema, verdadeiro primor, pedia-lhe atenção e carinho para a rua.
Combinou com Jorge, que conseguiu a publicação do poema-petição na primeira página do jornal A Tarde.


Tiro e queda, a resposta do prefeito foi imediata, em pouco tempo a rua de Auta e Calá foi consertada e asfaltada e, diga-se de passagem, ela foi, por algum tempo, a única rua asfaltada das imediações.
Naqueles tempos, a decantada beleza de Itapuã se resumia no mar, nas praias, nos coqueirais e nas canções de Dorival Caymmi.
Para festejar o acontecimento, Jenner Augusto e Luísa ofereceram um almoço ao qual Vinicius compareceu vestido de gari da limpeza pública, levando para Calá e Auta a petição, enquadrada.
Texto extraído do livro A casa do rio Vermelho (Rio de Janeiro: Record, 1999, p. 127).

Zélia Gattai Amado [São Paulo (SP), 1916 – Salvador (BA), 2008]. Memorialista, escritora de literatura infantil e romancista. Filha de imigrantes italianos e caçula de cinco irmãos, vive em São Paulo toda a infância e adolescência. Influenciada pela militância do pai no movimento operário, torna-se anarquista. Aos 20 anos, casa-se com o intelectual e membro do Partido Comunista Aldo Veiga, com quem tem um filho. Separada de Veiga, em 1945, em uma manifestação pela anistia dos presos políticos, conhece em São Paulo o romancista Jorge Amado (1912-2001), com quem se casa meses depois. Amado é eleito deputado federal, em 1946, pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro), então, eles se mudam para o Rio de Janeiro. Com o PCB declarado ilegal e seus integrantes perseguidos, logo partem para o exílio em Paris, onde vivem por três anos. Nesse período, Zélia estuda civilização francesa, fonética e língua francesa, na Universidade de Sorbonne. Entre 1950 e 1952, vive na Tchecoslováquia, e começa a fotografar, registrando momentos importantes da vida do marido. Em 1963, muda-se para Salvador. Aos 63 anos, publica seu primeiro livro, Anarquistas, graças a Deus. Escreve também literatura infantil, como Pipistrelo das mil cores, de 1984. É eleita, em 2001, para a ABL (Academia Brasileira de Letras), para a cadeira ocupada por Amado, a de número 23.
Enciclopédia Itaú Cultural-Literatura Brasileira. Disponível em http://itaucultural.org.br.


terça-feira, 23 de julho de 2013

Tempo de Artes Literárias




Festival Anual da Canção Estudantil




LIVROS - SUGESTÕES 5a a 8a séries

  • Alice no país das maravilhas
  • As Crónicas de Nárnia
  • O menino do pijama listrado
  • O Meu Pé de Laranja Lima
  • O Pequeno Príncipe
  • LIVROS - SUGESTÕES Ensino Médio

  • A Arte da Guerra (Sun Tzu)
  • Gabriela Cravo e Canela - Jorge Amado
  • O Mundo de Sofia (filosofia)
  • S.Jorge dos Ilhéus - Jorge Amado
  • Terras do Sem Fim - Jorge Amado
  • FILMES - SUGESTÕES

  • A Corrente do Bem
  • A Escola da Vida
  • A vida é bela
  • Mr. Holland - Adorável professor
  • O amor é contagioso
  • O Clube do Imperador
  • O Duelo de Titãs
  • O Fantasma da Ópera (opereta)
  • O Poder de um Jovem
  • Sociedade dos Poetas Mortos
  • Um grito de Liberdade (apartheid)
  • Óleo de Lorenzzo
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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Trabalho Educação Patrimonial e Artistica 2013

Colégio Estadual Abelardo Moreira














Conferência pelo Meio Ambiente

O Colégio Estadual Abelardo Moreira CEAM realizará a Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente no próximo dia 30 de agosto.
 Aguardem!!!!



EPA e AVE

CEAM realiza etapa escolar dos concursos de  Educação Patrimonial e Artística (EPA) e
 Artes Visuais Estudantis Ave.
 Vencedores:
AVE - Artes Visuais Estudantis
1º lugar:
 Patricia Ribeiro Lima -Obra: Além do Olhar
2º lugar:: Obra a quatro mãos
Geovane Souza Rios
João Barbosa Pereira
3º lugar:Arilma Rios - Obra: A Bailarina



 
EPA Educação Patrimonial Artística
1º lugar:
Uma História Esquecida; Equipe Chamretrô
2º lugar:: 
Entalhe: a arte de esculpir
3º lugar:
 Cultura uma vida através da arte






O evento contou coma presença dos dos Historiadores: Gildásio de Oliveira Alves, Ivis dos Reis Sena
e José Alan Oliveira de Almeida escolhidos como jurados para o EPA.
Além destes contamos com a presença da Professora Jocileide Almeida e dos Artistas Elineusa Gomes e Ivonildo Barreiros - jurados do AVE.
Também os professores a Unidade se fizeram presentes juntamente com o alunado
































 
Outras obras do AVE